fbpx
O Saber dos Sabores
Vevé Bragança
Guia de Queijos | Ver todos

Queijo Edam

Trata-se de um queijo de massa semi-dura, holandês, produzido em várias regiões a partir de leite de vaca gordo ou semi-desnatado, com formato esférico (prensado na forma de uma bola) e peso médio de 1,5 kg.

A casca é pouco percebida, coberta com uma cera vermelha.

O ideal é consumir o Edam jovem quando sua textura é ainda flexível. O sabor adocicado e suave lembra nozes.

O Edam revestido com cera preta significa que foi maturado por pelo menos 17 semanas. Há também os maturados por 10 meses, deixando o queijo com sabor mais forte e indicado para a culinária.

edam

Utilizações:

Como queijo de mesa, pode acompanhar refeições rápidas, ser usado em sanduíches e para gratinar.

 

 

Uma curiosidade sobre o queijo Edam, é que ele deu origem ao queijo Reino ou queijo de cuia, ou queijo cuia, como é, popularmente conhecido no Brasil, pelo menos na Região Nordeste.

Ainda quando o Brasil era colônia de Portugal, era consenso popular entre os habitantes, que os produtos que vinham de fora e aportavam em terras brasileiras, eram oriundos do Reino. Reino de Portugal.

Certa ocasião, um lote de queijos Edam, devido à longa viagem da Europa ao Brasil, excederam o tempo de maturação, o que tornara a sua massa mais escura, com sabor pronunciadamente mais salgado e expressivo e, textura levemente áspera. Ainda devemos ressaltar, a falta de refrigeração na época. Como não poderia ser reconhecido como Edam, aquele queijo começou a ser chamado de queijo do Reino ou queijo Reino. Desde então, tendo caído no gosto popular, as condições para se obter o sabor e a textura do Edam super maturado vêm sendo reproduzidas até hoje.

 

Harmonização com vinhos:

Devido ao seu  sabor bastante característico e leve toque adocicado, o Edam encontra como melhores parceiros gastronômicos os vinhos brancos com sabor expressivo, como os elaborados com as cepas Riesiling Renano, Torrontés, Gerwurztraminer e Pinot Grigio, que podem ser secos, como também meio secos. Já o queijo Reino, por seu sabor expressivamente salgado, compatibiliza melhor, com vinhos tintos secos, levemente encorpados, nos quais verifica-se a presença de taninos, preferencialmente das cepas Carmenére, Pinot Noir e Tempranillo.

Fonte:

O LIVRO DO QUEIJO – Juliet Harbutt – Organizadora – Editora Globo – São Paulo, 2010.