Conflito entre Brasil e Países Vizinhos na Libertadores: Racismo e Violência em Debate
Diálogo Tenso na CONMEBOL
Os clubes brasileiros expressaram protestos contra times de outros países devido a atos de racismo durante a Libertadores, enquanto as equipes estrangeiras levantaram preocupações sobre a violência policial no Brasil. Essa situação conflituosa se tornou evidente durante o sorteio da Libertadores.
O Palmeiras, apoiado por outras equipes, solicitou punições mais severas para casos de racismo envolvendo o jogador Luighi. Alejandro Dominguez, presidente da Conmebol, fez um discurso contra o racismo, mas suas observações posteriores, que incluíam referências consideradas inapropiadas, acabaram irritando a administração brasileira.
Alguns clubes do Uruguai, Argentina, Paraguai e Chile apresentaram reclamações formais à Conmebol sobre incidentes de violência policial contra torcedores. A insatisfação foi tal que houve discussões sobre a possibilidade de os times não virem mais ao Brasil.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, não participou do sorteio da Libertadores como forma de protesto, denunciando o tratamento que os clubes brasileiros receberam em relação às questões de racismo.
Um episódio emblemático foi o encontro entre Paulo Buosi, vice-presidente do Palmeiras, e Raúl Zapag, presidente do Cerro Porteño. Durante a interação, Buosi enfatizou a importância de combater o racismo, destacando o papel das instituições no assunto. Zapag apoiou a ideia, mas a cobrança foi interpretada como agressiva em algumas partes.
Na Conmebol, há desconforto com as críticas brasileiras, que são vistas como exageradas em comparação a outras sanções aplicadas no contexto do racismo. A confederação também reconhece que a violência policial no Brasil é um problema sério, mas não o relaciona diretamente com todos os casos de incidentes envolvendo torcedores.
A situação que escalada nas tensões entre clubes brasileiros e sul-americanos atingiu um novo patamar durante o sorteio, revelando profundas divisões no futebol da região.
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