Romeu Tuma enfrenta pedido de destituição por sócios e conselheiros do Corinthians

Pedido de Destituição de Romeu Tuma Jr. no Corinthians

Um grupo de sócios e conselheiros do Corinthians protocolou um requerimento à Comissão Ética do clube, solicitando a destituição de Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo. Ele é acusado de agir de forma parcial no processo de impeachment do presidente Augusto Melo, além de prejudicar a imagem do clube com suas declarações sobre assuntos internos.

O requerimento foi apresentado na quinta-feira, 27, contando com a assinatura de 75 conselheiros e 1.817 sócios. Este grupo se baseia no estatuto do Corinthians, o qual permite que qualquer associado apresente penalidades aos membros do Conselho à Comissão de Ética e Disciplina.

De acordo com o Estadão, o apoio ao requerimento é considerado baixo e as chances de que tenha efeitos práticos são reduzidas. Entre os signatários estão conselheiros associados ao movimento Renovação e Transparência, que antes haviam solicitado o impeachment de Augusto Melo, além de conselheiros vitalícios e Marcelo Mariano, ex-diretor administrativo.

Procurado, Romeu Tuma Jr. declarou por meio de nota oficial que considera a manifestação como parte do ambiente democrático do clube, mas reafirmou que está tranquilo em relação às acusações, enfatizando que trabalha para garantir o cumprimento do estatuto do Corinthians. Ele criticou as alegações como "infundadas" e acusou o uso inadequado da estrutura do clube por parte de conselheiros.

Esta é a segunda vez que há um pedido de destituição contra Tuma. Anteriormente, Augusto Melo havia iniciado um processo similar, alegando que Tuma não estava agindo com imparcialidade. Contudo, esse pedido não prosperou.

Atualmente, não há uma data definida para a coleção do Conselho Deliberativo que pode levar ao avanço do processo de impeachment de Augusto Melo. O retorno do encontro deve ocorrer apenas quando a segurança dos membros estiver garantida. Enquanto isso, Augusto busca uma reconciliação com parte dos conselheiros para evitar que o impeachment prossiga. Ele também acredita que, mesmo se for afastado, tem chances de reverter sua situação na Assembleia Geral, enquanto a oposição vê que o afastamento de 60 dias poderia mudar a situação favorável a eles.

Augusto Melo classificou o processo de impeachment como um "golpe" contra sua administração, ressaltando que a Comissão de Ética suspendeu a votação da destituição até o encerramento das investigações da Polícia Civil sobre a Vai de Bet. Por outro lado, Romeu Tuma Jr. acredita que não é necessário esperar o fim das investigações, argumentando que uma das razões para o impeachment seria a suposta gestão temerária do atual presidente.

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