Crise no Corinthians: Um mês após aprovação de impeachment, clube enfrenta impasse
Impeachment no Corinthians: Um Mês Após Votação, Clube Vive Impasse
Há um mês, em reunião marcada por tumultos e agressões, o Conselho Deliberativo do Corinthians aprovou a admissibilidade do processo de impeachment contra o presidente do clube, Augusto Melo. Porém, o encontro acabou suspenso sem que ocorresse a votação do afastamento do dirigente.
Desde então, o clube vive um impasse. Até o momento, não foi agendada uma nova reunião, e Augusto Melo permanece no cargo, enfrentando o "fantasma" do impeachment. A responsabilidade de agendar um novo encontro é do presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Jr. No entanto, não há um prazo definido para essa reunião.
Tuma declarou: “Estou priorizando a segurança dos Conselheiros e do Clube. Não é possível dar sequência na reunião nas condições em que houve a suspensão. Ela continua aberta, mas só será retomada quando as autoridades puderem garantir 100% de segurança, antes, durante e depois”.
Com receio de serem agredidos, conselheiros sugeriram que a reunião fosse realizada em um batalhão da Polícia Militar. Contudo, Tuma avalia que essa medida poderia prejudicar a imagem do clube. Outra opção discutida é a realização do encontro na Neo Química Arena, ao invés do Parque São Jorge, local da última reunião.
Enquanto aguarda a nova reunião, Augusto Melo busca apoio político de conselheiros para evitar seu impeachment e também tenta articular o afastamento de Tuma da presidência do Conselho.
Além disso, segue em andamento um inquérito policial relacionado ao "caso VaideBet", que originou o pedido para destituir Augusto. A Polícia Civil investiga as agressões e intimidações ocorridas na reunião anterior, realizada no dia 20 de janeiro.
Para que Augusto Melo seja destituído, é necessária a maioria dos votos dos conselheiros, mas o impeachment deve ser referendado pelos sócios do clube em assembleia. Caso seja afastado, o primeiro vice, Osmar Stábile, assumiria o cargo de presidente. Se a maioria dos conselheiros votar contra a destituição, o processo será arquivado.
Augusto Melo tem mandato até o fim de 2026.
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