Clube rival do Corinthians na Libertadores é acusado de ligações com torturas na Venezuela

Rival do Corinthians na Libertadores é acusado de promover tortura

Um grupo de ativistas denunciou a Universidad Central de Venezuela (UCV), adversário do Corinthians na segunda fase da Copa Libertadores da América, por exibir no uniforme o distintivo da Divisão de Assuntos Especiais (DAE), ligada à Direção-Geral de Contrainteligência Militar (DGCIM) do regime de Nicolás Maduro.

A DAE é comandada por Alexander Granko Arteaga, conhecido como "Barba", que enfrenta acusações de opositores e ONGs por tortura de dissidentes políticos na Venezuela, e é alvo de sanções pela União Europeia e Estados Unidos.

"Não existem gols suficientes para encobrir os crimes de lesa humanidade cometidos na Venezuela. A UCV carrega no peito o selo Tun Tun [...] para mostrar a institucionalização da tortura na Venezuela", disse o grupo Realidad Helicoide, dedicado a denunciar atos de tortura em El Helicoide, uma prisão política administrada pelo Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin).

O selo, que apresenta um capacete espartano, é semelhante ao que figura nos uniformes dos agentes da DAE, denunciada internacionalmente por perpetrar tortura e crimes de lesa humanidade sob a ordem de Iván Hernández Dala, chefe da DGCIM, e Granko Arteaga.

Um ponto de destaque na partida de ida entre UCV e Corinthians, que terminou empatada em 1 a 1, foi a presença do filho de Granko, de apenas 16 anos, entre os titulares. O jogo de volta está programado para acontecer na Neo Química Arena.

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