Asteroide 2024 YR4: Como São Avaliadas as Chances de Colisão com a Terra?

Asteroide em Rota de Colisão? Como São Calculadas as Chances de Impacto

O asteroide 2024 YR4 tem gerado inquietação por uma potencial colisão com a Terra, prevista para dezembro de 2032. Com isso, muitas pessoas se questionam sobre o real risco envolvido nesse tipo de evento e como a ciência mensura essas possibilidades.

A previsão de riscos de impactos asteroides remonta a mais de 400 anos, com o trabalho de Johannes Kepler e, depois, de Isaac Newton, que desenvolveram os fundamentos que permitem calcular as órbitas dos objetos celestes. Utilizando a Lei da Gravitação Universal, a trajetória de um asteroide pode ser determinada a partir de suas posições em diferentes momentos.

Entretanto, mesmo com avanços tecnológicos, as medições sempre apresentam margens de erro. Isso traz incertezas que podem afetar o entendimento sobre a possibilidade de impacto. Por exemplo, a observação de um asteroide pode resultar em dados "borrados", dificultando a definição de sua trajetória exata.

Para estimar as chances de colisão, sistemas automatizados calculam diversas órbitas possíveis, levando em conta as incertezas. Se, de cada mil órbitas possíveis, 21 preveem um impacto, a chance é de 2,1%. Essa é a situação do 2024 YR4, que foi classificado como nível 3 na escala de Turim, indicando um risco moderado.

A escala de Turim divide os riscos de colisão em níveis de 0 a 10, onde 0 significa nenhum risco e 10 indica certeza de impacto com consequências catastróficas. O nível 3, que o 2024 YR4 atingiu, sugere um potencial destrutivo localizado.

Para determinar melhor a situação do asteroide, os cientistas buscam refinar suas medições, que podem alterar a probabilidade de impacto. A missão DART da NASA demonstrou que é possível desviar um asteroide através de um impacto cinético. Contudo, a estratégia mais adequada depende do tipo do asteroide e do tempo disponível para agir.

No caso do 2024 YR4, a estimativa atual é de 98% de chances de que não ocorra impacto. Essa história ressalta a importância da vigilância e do monitoramento contínuo do espaço, garantindo que, caso um asteroide represente uma ameaça real, haja preparação suficiente para lidar com a situação.

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